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Representantes da aldeia Xavante Wederã apresentam projeto na II Semana de Turismo
O produto turístico é a caça e a finalidade é gerar renda e promover o intercâmbio cultural
Representantes da aldeia Xavante Wederã apresentam projeto na II Semana de Turismo
29/04/2004 10:20:00
por Coordenadoria de Comunicação Social

A apresentação do vídeo documentário Xavante e do projeto em funcionamento do intercâmbio cultural em forma de produto turístico desenvolvido pela aldeia Wederã com universidades americanas lotou o auditório e fascinou os participantes da II Semana de Turismo. Evento realizado pela Universidade do Estado de Mato Grosso, no Campus de Nova Xavantina.

Há atualmente no País 5 mil índios Xavante, que vivem em 7 reservas e formam ao todo 200 aldeias. A Wederã é a mais nova delas, criada em 1997. No entanto, a relação com o não-índio é antiga e agora a aldeia descobriu uma forma de gerar renda, manter experiências interculturais e preservar suas tradições e costumes.

A proposta de turismo dos Xavante de Wederã nem sequer mudou muito a rotina da aldeia. O produto turístico é um ritual e uma das coisas que eles mais gostam de fazer: caçar. Estudantes das universidades americanas de Iowa e Yale conheceram em julho de 2003 esse produto turístico.

Segundo o cacique Cipassé, outra finalidade do projeto é o fortalecimento da identidade do povo Xavante no cenário nacional e internacional.

O ritual da caça respeita um manejo de espécies selvagens e atinge especificamente a queixada. O turista é levado a uma espécie de safári supervisionado no cerrado de MT e no fim da caçada participa de uma palestra sobre a importância do bioma e suas potencialidades.

De acordo com a professora Severiá, o projeto levou em consideração o potencial econômico do público alvo e o intercâmbio cultural. A infra-estrutura, destina à atividade é formada por 4 casas de palha, sendo 3 alojamentos e uma cozinha, além de 3 banheiros. “Isso é para que não ocorra nenhum tipo de choque cultural”, considera.

O Projeto é desenvolvido em parceria com a Pró-Fauna, que conta com técnicos especializados na orientação de atividades voltadas a exploração sustentável dos biomas. São observados o ambiente, a cultura e a tradição do povo local, a fauna e as condições específicas e comerciais de cada região.

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